Custos Messium



CUSTOS MESSIUM

Caso fosse ainda reconhecida, seria a constelação do Guardião da Colheita ou Ceifeiro, correspondente ao inglês Harvest Keeper, ao alemão Erndtehüter, e ao italiano Mietitore. Lalande foi quem a propôs, publicando-a em seu globo de 1775, a partir de algumas estrelas inconspícuas não muito distantes do polo boreal, entre a Girafa, Cassiopeia e Cefeu.
Custos Messium, ao lado da Rena e acima da Girafa, no Urania's Mirror de Sidney Hall.

Seu título alternativo, Le Messier, que Smyth considerou um pobre e elogioso trocadilho a seu amigo Charles Messier, o “investigador de cometas”, como o rei Luís XV o denominaria, quem, por trinta anos, tinha sido o compilador e guardião da safra de cometas, e o descobridor de doze deles entre os anos de 1794 e 1798.

Este título também pode ter sido induzido pelo fato de que os dois personagens reais vizinhos eram governantes de um povo agrícola, e a girafa um animal destruidor dos campos de grãos; todos talvez selecionados porque os fenícios teriam imaginado um grande campo de trigo nesta parte do céu.

Seu criador era o astrônomo entusiasta que passava noites na Pont Neuf sobre o Sena, explicando as maravilhas da variável Algol a todos que pudesse se interessar pelo assunto, e cuja reclusão em seu observatório, em meio à turbulência da Revolução Francesa, permitiu-lhe “graças a suas estrelas” ter escapado do destino de tantos de seus amigos.
Custos Messium é visto no topo deste mapa de Bode,
de cabeça para baixo,
ao lado esquerdo da Rena.
 

Custos é uma das diversas constelações que foram criadas durante os séculos XVII e XVIII que não foram oficializadas pela União Astronômica Internacional em 1922.

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